A Ilha de Páscoa, ou Rapa Nui, continua sendo um dos lugares habitados mais isolados da Terra. Localizado a mais de 2.100 quilómetros do seu vizinho mais próximo, este remoto posto avançado no Pacífico Sul abriga um enigma secular: como é que os ilhéus moveram estátuas de pedra colossais conhecidas como moai através de terreno acidentado?
Os Moai: Ancestrais em Pedra
Entre 1200 e 1700 DC, o povo Rapa Nui extraiu aproximadamente 950 moai da rocha vulcânica da cratera Rano Raraku. Estas figuras monolíticas, algumas atingindo 33 pés de altura e pesando até 86 toneladas, representam ancestrais deificados. As estátuas foram transportadas por distâncias de até 18 quilômetros, um feito logístico que continua a confundir os pesquisadores.
Teorias do Movimento
Os métodos exactos utilizados para mover estas pedras maciças continuam a ser um assunto de debate. Eles foram arrastados com troncos e cordas ou os Rapa Nui empregaram uma abordagem mais engenhosa? Algumas teorias sugerem que as estátuas foram “caminhadas” para o lugar balançando-as para frente e para trás, usando uma combinação de mão de obra, cordas e possivelmente trenós de madeira.
Alinhamento astronômico e estátuas abandonadas
O posicionamento de alguns moai revela uma compreensão da astronomia. Sete estátuas no vulcão Terevaka ficam voltadas para o pôr do sol durante os equinócios, sugerindo que o local pode ter sido usado para observação celestial. Cerca de 400 moai permanecem inacabados na pedreira, enquanto outros 62 estão abandonados ao longo das rotas de transporte. As razões para estas estátuas abandonadas não são claras. Eles foram deixados em trânsito devido a falhas logísticas ou foram colocados intencionalmente em seus locais atuais para fins cerimoniais?
O mistério dos moai é mais do que apenas um quebra-cabeça logístico. Revela a engenhosidade do povo Rapa Nui, a sua profunda ligação aos seus antepassados e um sistema cultural complexo que provavelmente entrou em colapso devido ao esgotamento dos recursos. As estátuas abandonadas servem como um lembrete assustador da fragilidade das civilizações e da importância das práticas sustentáveis.
